Queria ter galochas...

       Choveu, e como choveu hoje no meu pequeno universo, e me senti no episódio de
Gilmore Girls que ela descobre que a neve é malvada! Eu costumava idolatrar a chuva, admirar enquanto tocava os telhados secos, observar atentamente a atmosfera úmida que se formava... mas hoje a chuva se demonstrou uma vilã.
       Tudo começou enquanto tentava dormir tranqüilamente e fui rudemente interrompida pelo estrondoso barulho da chuva, 
que mais parecia 
uma passeata de sete de setembro no parapeito da minha janela! Com um pouco de mau humor, me arrastei até a mesa para tomar café... Estudei um pouco e liguei o computador,
principalmente para checar e-mails e novidades de professores.
        Foi neste ínterim que Victor, meu diginissimo amigo da faculdade - te adoro Vic! - alegrou minha manhã com um conteúdo festivo (piada interna). Ah, Mauro e Cecília... vocês mal sabem
o incontável número de novas possibilidades que abriram para um grupo de pessoas um tantinho desesperadas!
       Já às 11, lembro-me da ruinião de grupo às 11. Tomo banho, oriento a empregada e saio, equipada para escalar o Nepal - mas não para o tempo do Rio de Janeiro - calça jeans, casacco polar, guarda-chuva e tênis grosso e fui pensando, enquanto caminhava sob chuva intensa, admirando os riachos que se formavam na calçada. Foi na passagem subterrânea da 
Lauro Müller que
me veio a indagação, como um choque de bateria de 9V, (não chega a doer, mas dá uma sensação estranha de formigamento) Por que raios eu não tenho galochas? 
       Para os mais jovens... Galochas são aquelas botas usadas por operários de frigorífico ou da construção civil, que foram criadas para serem postas por cima do calçado e não encharcar
os pés, meias e afins. O que conta é que no final das contas.. elas até são bonitinhas.
       E fui caminhando, passando em frente ao Shopping do Botafogo F.R., olhando/ encarando
meus pés, naquele par de tênis pretos e molhados. A parte triste na verdade foi quando um caminhão passou ao meu lado, sobre uma poça e molhou de uma vez minhas pernas do joelho
para baixo. (Agora sim meus pés estavam encharcados! E eu andava fazendo shlap, shlap, shlap)

       O resto do dia foi um grande disperdício! Não teve aula da Ilana, não teve aula do Tiago, não fiquei para a aula do Paternostro... fizemos ums reunião de alguns minutos - produtiva  e engraçada! - e quando cheguei em casa, dormi um pouco agarradinha com o namorado, dias de chuva tem de servir para alguma coisa afinal. No compto geral, na minha última contagem, o saldo foi positivo, menos por responsabilidade da chuva e mais devido às pessoas maravilhosas que me fizeram atravessar esse dia cheia de bom humor.

       Nota Mental: Comprar um par de Galochas A.S.A.P.