sábado, 21 de junho de 2008

Aventuras com Papel Paraná

Ontem, mais uma vez, fui a compra de um Papel Paraná.*

                           * para aqueles que não sabem o que é um papel paraná é
                              uma grande folha de papelão cinza que, entre outras
                              coisas que não consigo me lembrar agora, serve para
                              fazer as pranchas dos trabalhos do Bruno (Professor
                              de Processos Gráficos).

Primeiramente, fui a uma papelaria-mercearia aqui pertinho de casa, na Rua da Passagem, toda empolgada porque dois dias antes a dona tinha me dito que chegaria papel Paraná em dois dias. Chegando lá ela diz pra mim que ainda não chegou. Tudo bem... Saí cabisbaixa e com um cartãozinho da papelaria para "dar uma ligada antes de ir".

Percorri mentalmente todo o bairro de Botafogo e sinalizei algumas papelarias... caminhando e cantando e seguindo minhas imagens mentais.. fui atrás do papel.

A primeira papelaria ficava bem na esquina da Rua da Passagem com a Gal. Polidoro. O nome, se bem me recordo, é Ideal. Não sei pra quem... entrei ainda cheia de esperanças e disparei: Tem papel Paraná?  E o diálogo subseqüênte foi mais ou menos assim:
                  - Papel pardo?
                  - Não, papel Paraná?
                  - Papel Paraná-Pardo?
                  - Papel Paraná...
                  - Tem esse aqui... (me mostrando um papel pardo).
                  - Não moça, esse é papel pardo... eu quero paraná. É um que parece papelão.
                  - JORGE, tem papel cartão paraná?
                  - Só papel Paraná moça... não é cartão, não... (Eu começando a perder as esperanças)
   o Jorge: - Tem papel cartão..
para o tal:- Só paraná... conheçe?
                  - Já tivemos mas num tem mais não.
            
Saí. Simplesmente.
Passei pelo Hortifruti e continuei andando parei na segunda e perguntei, alta e claramente: PAPEL PARANÁ, TEM? (... pessoas se entreolhando como se fosse algo profano de se dizer...) "Tem não".

Continuei seguindo em frente. Parei na farmácia, cantarolei... pensei que a sandália iria machucar os meus pés e no meio de Botafogo entre numa papelariazinha pequenininha chamada galeria moderna e perguntei hesitante: Por acaso vocês não teriam papel paraná, teriam? e surpreendentemente eu recebi um "Sim!" Comprei colorplus, papel paraná e um cartão. Sai com uma sacola e um papelão gigante, desengonçada e com todo mundo olhando pra mim. Em 10 minuto mudei as dimensões de carro popular para uma mega pick-up cabine dupla. Desviando de alguns obstáculos e das rajadas de vento cheguei em casa. Estou deixando de contar aqui como foi difícil atravessar a rua pra contar como todo o explendor a provação final do pobre papel: entrar e casa e passar pelo chefão da fase, o gato.

Assim que despontei no horizonte do gato com aquele papelzão ele se ouriçou todo. Tentou atacar pela lateral mas o papel fugiu por trás e bateu no rabo dele ele virou e tentou dar uma patada e comer na quininha, mas eu parei com a palhaçada e guardei o papel atrás da cama.

É incrível como um papel pode te propocionar tantas aventuras...