domingo, 25 de maio de 2008

Obtendo ALGO da Telemar / OI

Esse post vai ser de Interesse Público, já que humildemente vai tentar cumprir essa função magnânima.



Há duas semanas atrás eu resolvi que iria dar fim a minha linha telefônica, bem como a minha internet Velox. E numa quinta-feira ensolarada (era quinta-feira dia 15 de maio), por volta das 15h, enquanto eu estava no trabalho resolvi ligar para o malfadado serviço de atendimento da telemar/Oi para agilizar minha vida visto que, no mesmo dia, eu ainda tinha de ir para o curso.

Liguei para o primeiro número que me lembrei (10331) e uma voz eletrônica irritante e muito pouco esclarecedora pediu para que eu respondesse a algumas perguntas. Perguntas essas que se não fossem respondidas como a maldita voz queria, ela se fingia de desintendida e perguntava tudo de novo... (triste). Ela não atendia ao comando CANCELAR  então eu só falei: OI FIXO. Ela pensou que eu queria uma nova linha. Menos mal... pelo menos eu iria ser direcionada para uma pessoa.

Me atendeu uma moçinha - para efeito de classificação a chamarei de P1 - que me perguntou o que eu realmente queria, além do meu nome, três primeiros dígitos do meu cpf e endereço residencial. Como se aquelas informações pudessem efetivamente fazer meu pedido ser atendido mais prontamente. Após um sem fim de indagações P1 me direcionou para o setor de QUALIDADE, que - POR DEUS - não tenho idéia do motivo de levar tal nome.

Aguardei por 1 hora e 15 minutos. Ouvindo o mesmo trecho de 3 minutos de música.

Desliguei o telefone pressentindo dor de cabeça. Liguei de novo... passei pela voz eletrônica e P2 me atendeu, perguntou meu nome, cpf e endereço e me encaminhou DE NOVO para o setor de qualidade.

45 mintutos ouvindo música...

A dor de cabeça veio, foi e veio de novo...e forte. Fui para casa. Chegando em casa E com muita dor resolvi que iria ligar mais uma vez. (Esse foi o momento masoquista do meu dia) P3 do setor de atendimento falou que iria MONITORAR minha ligação. 10 minutos depois e, ouvindo música, eu voltei a ouvir a voz de P3...

                      P3: Senhora, o setor de qualidade está realmente muito cheio, mas eu vou estar transferindo de novo sua ligação.
                      Eu: Ah... tudo bem... mas eu não quero ouvir música! Se eu quisesse ouvir música eu tinha ligado o rádio.
                      P3: (Silêncio) ...
                     
                      ..::Música::..

                      P3: Minha Senhora, realmente o setor está muito cheio e a espera média é de 2 horas. Se eu fosse a senhora eu estaria retornando a ligação um pouco antes de 21:20.
                      Eu: Ah tá... obrigada viu.
                      P3: (Tu, Tu, Tu, Tu)

A essa altura do campeonato eu já tinha perdido o curso mesmo, além de, como creio, vários neorônios. (Fritos pela dor de cabeça)

Algumas horas de sono mal dormidas depois eu retornei a ligação. Perdi o prazo das 21h da noite e liguei as 9 da manhã. INCRIVEL como muda totalmente de figura o atendimento pela manhã. De 0 a 10... 7,5.

P4 me atendeu no setor de atendimento (E isso não é obvio para a Telemar) e me passou para o setor de qualidade... 5 minutos depois eu fui atendida por P5, um jovem com voz empostada. 

P5 ouviu atentamene minhas lamúrias e me propôs diversas novas promoções e benefícios tanto para minha linha quanto para o meu Velox e aí, me disse a parte interesse público desse post.
De 6 em 6 meses o sistema da Telemar produz benefícios tanto para sua linha telefônica quanto para o seu Velox que vão desde pagar metade da tarifa até receber 200 minutos em ligões locais. Se você ligar de 6 em 6 meses vc vai receber um benefício... que talvez faça valer a pena permanever na Telemar.

Desliguei o telefone contente, com esperança renovada no que diz respeito a minha linha telefônica. Não cancelei... confesso, fui fraca, mas agora estou relativamente satisfeita.

Já com o provedor OI... são outros 500. Ou melhor outros 29,90. Que me recusei terminantemente a pagar.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

É um pássaro? É um avião?


Não, é a Super-Mulher-Motorista-Cobradora!


A alguns meses, creio que dois - para ser mais exata - a linha de ônibus 107 (Central - Urca) substituiu alguns de seus carros por carros sem espaço para o cobrador. Fazendo com que o motorista acumule as duas funções. E, por pegar esse ônibus diáriamente, começei a prestar atenção nos impactos que esta modificação/subtituição causou no já caótico percurso da conturbada viação.

A começar pelo ponto de ônibus. Não sei se realmente muita gente tem o que fazer na Urca, ou se é um ônibus do tipo coringa, mas não importa ONDE você queira pagá-lo o ponto sempre estará abarrotado de pessoas pouco - ou, por vezes, nada educadas. O fato é: há poucos carros na linha e, portanto, o tempo de espera médio é de 15 minutos. (O que talvez tenha alguma relação com a irritação das pessoas...)

Bom, depois da fila para entrar no ônibus, percebemos que não existe cobrador... e o motorista, pega o dinheiro, dá o troco, aperta o botão para liberar a roleta, vigia o trânsito e se preocupa com a hora, porque eles não tiveram uma margem de desconto com a substituição e continuam tendo de fazer Central - Urca em 10anosluz.

Mas ainda existem alguns carros que ainda possuem cobrador e foi nesse contexto que segunda-feira presenciei o seguinte diálogo entre o motorista (que deveria ter bem seus 60 anos) e a cobradora (MULHER):

                        - Caraca, ela já passou a gente. Corre cara, corre.
                        - Pode ficar tranqüila que eu vou prender ela no sinal.
                        - Como é que pode né, a mulher dirige e ainda cobra e passa antes da gente. É mesmo uma super-mulher essa aí. E ainda dirige hein...
                        - Ela ficou presa no sinal? Olha aí... (...) vou passar direto sem parar nos pontos pq aí eu fico mais longe.
                        - Não ficou no sinal... anda logo!
                        - Só vou parar no ponto se alguém quiser saltar...
                        - Incrivel mesmo...


Fiquei com essa conversa na cabeça, martelando por algum tempo, pensando sobre o que deve estar se passando na cabeça dessa cobradora - que evidentemente está se sentindo ameaçada de perder o emprego - vendo uma mulher motorista e cobradora sendo mais eficiente que ela.

Talvez por uma conspiração cósmica, na terça eu tive alguns afazeres que me obrigaram a pegar o devido ônibus em outro ponto e quem era meu motorista e meu cobrador? A tal mulher fantástica.  Resumindo bastante, de fantástica não tinha muita coisa... dava solavancos e raspava a marcha como qualquer outro motorista, não respeitava os sinais e corria bastante, como qualquer outro motorista. Mas, e daí o pulo do gato, não seguiu o mesmo itinerário que deve cumprir o ônibus da linha 107 (passar pela Senador Dantas). Ao invés de entrar na mal fadada rua (onde normalmente eu pego a condução) ela seguiu direto pela rua dos Arcos e entrou direto na Praia. Explicando toda sua eficiência do dia anterior.

Portanto, a idéia de retirar o cobrador do ônibus foi concretizada de maneira muito infeliz, ao menos nesse caso. O sistema funcionaria bem se todas as pessoas tivessem passes (vale-transporte) ou as catracas, como no Canadá, aceitassem moedas e emitissem o comprovante automaticamente (com o troco, se necessário).

Minha teoria, que pode ser encarada como sugestão, é de que deveria haver pontos de venda de bilhetes de ônibus (em bancas de jornal e/ou lojas, e na bilheteria do metrô) e os ônibus teriam que parar de aceitar pagamento em dinheiro. Só assim a fusão entre motorista e cobrador daria certo! Caso seja inviável, ou impensável implementar esse sistema, permaneçamos com os cobradores.