sexta-feira, 11 de abril de 2008
A Perfect Day...
Depois de tanto tempo sem postar eu tenho até vergonha de chegar aqui sem muitas teorias para expor... Praticamente de mãos abanando - provavelmente porque alguma coisa pegajosa agarrou nelas - estou aqui de novo, humildemente, para falar sobre o dia de ontem.
Tudo começou às 4:30da manhã... para falar a verdade, tecnicamente, tudo acabou às 4:30 da manhã. Depois de uma longa madrugada batalhando contra um trabalho de produção gráfica eu me despedia da cavaleira Thaís e abandonava a Távola Redonda para dormir... o sono dos preocupados. Duas horas depois, às 6, o despertador tocava, sem o menor ressentimento, para me lembrar que a tormenta ainda não acabara. Resumindo bastante foram mais de 45 minutos pra baixar um arquivo PDF do meu e-mail e mais 30 minutos para conseguir imprimi-lo, encaderná-lo e deixá-lo apresentável para o professor.
Entregue o fardo, fui caminhando de volta para casa, com todos os movimentos condicionados porque, no fundo no fundo, eu ainda estava dormindo... Entrei, tirei os sapatos e as meias, desafivelei o cinto e dormir - profundamente - até 11:15.
Com o ânimo renovado, fiz comida, tomei banho, almocei e saí, rumo a uma das coisas que eu mais me divirto fazendo na vida, enquanto não dava a hora de ir pro tabalho, bater perna na Saara.
No metrô foi que eu percebi o quão maravilhoso aquele dia sería. Sentada ao meu lado (eu estava de pé) estava uma senhora de aproximadamente 60 anos e em frente a ela (também de pé) seu marido, um senhor beirando os 70. Ao longo da viagem eles se cutucavam, sorriam, se provocavam e mandavam beijos um para o outro. Achando aquilo mágico eu tentei disfarçar e sorri também, mas, meu disfarce durou pouco... a senhora olhou, cutucou meu braço e, quando eu olhei para ela, disse: "Isto, minha filha... é o amor. Quem disse que ele não existe? Ele tá aqui. (apontando para o marido e ela)" Eu sorri e respondi, simplesmente: "Que bom!" Mas lá dentro, o meu pensamento estava berrando: "Que bom... Isso é uma lição e uma esperança para todos nós!"
Virando para o lado percebi um casal apaixonado e, logo que saí do metrô, um casal de crianças de mãos dadas... Com certeza estava em um filme romântico, então corri antes que a Reese Winterspoon encontrasse sua deixa, e fui passear no centro. É incrível como eu adoro andar no Saara.
Normalmente eu odeio estar cercada de milhares de pessoas em um lugar quente e apertado, mas no Saara não... é diferente... é como se eu me sentisse livre, com todo aquele barulho, pessoas e mercadorias, é um lugar em que eu posso ser totalmente eu, sem ninguém me julgar por isso... onde eu posso entrar e sair da loja, pegar, devolver, testar e pensar sem pressão.
Deu minha hora e eu fui pro trabalho, mas antes, dei uma passada na papelaria para comprar o Papel Paraná e um estilete para fazer o trabalho da faculdade. E, decerto, esse foi o ponto alto de comicidade do meu dia. A papelaria fica em frente ao Largo de São Francisco e eu trabalho na Treze de Maio, entre nós tem uma rua da Carioca e uma praça, e eu tive de caminhar todo esse percurso com uma folha de 1,00x0,80, inflexível e esticada. Agora, imagine andar pelo centro, com uma placa enorme. Imaginou? Essa era eu, caminhando, desviando das pessoas, sendo levada por rajadas de vento...
O resto do dia foi totalmente padrão mas um padrão gostoso de viver. Vi o Ned e a Chuck, vi House e fui dormir... agora sim, o sono dos justos, dos satisfeitos, dos realizados e dos ansiosos... para que o amanhã seja tão bom quanto foi o hoje.
Para não deixar passar em branco, formulei essa teoria meio meia-boca, mas que normalmente funciona para mim: Depois de um dia muito ruim, vem sempre um dia MUITO maravilhoso e mágico, para compensar. Mas, só se você não estiver ocupado demais amaldiçoando o dia anterior que vai perceber...
Ah... vou começar também uma nova sessão no meu blog: Blogs Indicados... Vou fazer isso pelo menos 1 vez a cada 10 posts....
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