terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Meu Tigre é um Dragão...


Bom, como podem perceber esse post vai ser dedicado inteiramente ao meu gato. E à sua incrível capacidade de perder totalmente as estribeiras.


O que me leva a ontem a noite...

Mais ou menos às 18:30 duas queridas amigas (Tatiana e Marina - minhas filhas preferidas), que eu não vejo há algum tempo mas com as quais mantenho alguma espécie de amizade há 10 anos, me convidaram para ir ao cinema ver Juno - um filme amável!

Me arrumei e, um tantinho antes do combinado estava no cinema aguardando... vimos o filme e decidimos, depois, que iríamos fazer uma pizza em minha casa, para colocar o papo em dia.

Passamos no mercado e compramos uma certa variedade de alimentos (massa para pizza, mussarela, blanquet, tomates, dois guaranás, um mate, um pote de sorvete napolitano e... casquinha) e viemos caminhando e cantando. Já na portaria avisei, de antemão, que tinha um gatinho e que ele não era muito convencional... ao contrário dos outros ele não é um objeto de decoração e para que então: NÃO TOCASSEM NELE!!!

Abri a porta e até aí tudo bem, o gato estava me aguardando no corredor como de costume - atrás de mim estava Marina - peguei o gato no colo e acariciei bastante, ela também o acariciou... contudo, quando surgiu ao fundo Ebs e todas as outras pessoas saíram do elevador ele se transfigurou em outra criatura. De amável gatinho de estimação virou um tigre protegendo seu território com unhas e dentes.

Eu tentei, em vão, abrir duas vezes a porta para acalmá-lo mas, cego de raiva, sequer distinguia meu cheiro e não me reconhecia por nada. Com medo de que ele atacasse os meus amigos, fechei a porta e pedi que sentassem no corredor por um tempo. Esse tempo durou umas horas... pq o gato não se acalmou.

Conversamos e comemos no corredor mesmo. Definitivamente algo que nos lembraremos com detalhes daqui a dez anos e, espero, sentados em um sofá sem um gato maluco impedindo que entremos em casa.

Mais ou menos meia-noite todos foram embora e restei eu para entrar em casa. A primeira tentativa - frustrada - envolveu o saco de tomates... eu abri a porta e desliguei a luz do corredor (imaginando que no escuro ele se acalmasse um pouco) entrei com a sacola de tomates na minha frente. Ele atacou ferozmente a pobre e inocente sacola do supermercado. Os tomates sairam rolando pelo corredor enquanto ele os atacava sucessivamente. Fiquei mais um tempo do lado de fora, mais uns 15 minutos, e tentei de novo... uma investiva bantante agressiva. Entrei com a sacola de um refrigerante e com o capacho revezando o que eu jogava em cima do gato para afastá-lo.

Resumindo... entrei em pânico. Totalmente lívida pelo fato de o meu gato - que dorme todas as noites na minha cama - não estar me reconhecendo. Liguei para os meus pais para me acalmar e ao término da ligação eu e o gato estávamos tranqüilos, mas com certeza minha dor de cabeça era fruto da pressão que foi às alturas! Ainda liguei para o Dennis e fui ler um pouco... relaxando para tentar dormir. O mais curioso é que: ao me deitar para dormir o gato subiu na cama e foi para o lugarzinho dele... lambeu meu rosto e dormiu.

Naquele momento eu notei que ele havia me perdoado. O que me leva a teoria de hoje. Meu gato trata minha casa como a casa dele e, portanto, só deverá entrar aqueles que ele aprovar, ou melhor, permitir. Isto dito, a lambida no rosto antes de dormir foi um: "Ok, eu te perdôo por ter tentado trazer pessoas estranhas para a minha casa. Mas... que isso não se repita."

E fomos dormir... tranqüilos.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Sobre o avião...

Quero gastar esse post inteiro apenas para falar sobre voar... é, essa experiência que todos querem ter um dia na vida (exceto eventualmente os claustrofóbicos e os que têm medo de altura) mas que eu detesto, com todas as minhas forças!

Vou começar pela ida.

A empolgação de viajar estava toda ali... na frente do stand da TAM fazendo um check in antecipado! Uau... a entrega dos passaportes para o registro das malas e o pavor de que elas se extraviem, tomando conta da gente. O que tinhamos de fazer agora era achar o posto da polícia federal para declarar o que estávamos levando! (45 minutos depois voltamos).

Entramos na zona proibida e, quando percebemos, já estávamos dentro do avião. Com o coração apertado da despedida e transbordando de alegria.

E as turbinas são ligadas. VRUUUUUUUUUUMMMMM. Pronto. Começei a passar mal já. 17 horas depois estávamos em VANCOUVER. SIM... 17 horas de vôo, sem contar com as horas de espera! Na volta a MESMA coisa... o que me leva a mais nova teoria: A medida em que o tempo passa dentro do avião ele vai diminuindo... a cada 1 hora ele reduz cinco centímetros. Ou seja, o avião que tinha 1,50m (de largura) quando eu entrei tinha só 65 centímetros quando eu saí. Contando as conexões, as inúmeras conexões....

Mas tudo vale a pena quando, por cima do mar de núvens... conseguimos ver o nascer do Sol. (As televisões individuais passando filmes que nem chegaram no cinema ainda também ajudam...)


Por enquanto... é só.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

A propósito de explicações...

    E cá estou eu de volta à terrinha o que merece um post próprio e... que será feito amanhã.


    Mas por hoje eu quero falar um pouco mais sobre os saldos de minhas peripécias canadenses.

    Bom, para começar falarei sobre os paradigmas. O primeiro arquétipo, que fundamentará, uma teoria, começa por:
  • As farmácia por lá... são "o que uma farmácia deveria ser" em qualquer lugar do mundo! Primeiro porque elas vendem, além de remédios e perfumaria, suprimentos para o lar (comida e bebida) e (rufor de tambores) equipamentos eletrônicos! Sim, notebooks, câmeras, mouses, teclados e tudo o mais que vc precisar!  A teoria é... os lojistas ao verem o quão hipocondríacos são os canadenses decidiram por unir o útil ao agradável.
  • O segundo paradigma tem de ser do Starbuks. Bem, como todos devem saber é sim a melhor loja de fast-food/café do mundo mas... não contentes em ter algumas (inúmeras) Starbuks, eles possuem mais outras 3 marcas genéricas: Blenz, Waves e Tim Hortons. Esta última, produz as melhors rosquinhas do planeta que são vendidas às dúzias ou 1/2 dúzia - mas infelizmente não vêm em caixas cores de rosa.
  • O terceiro e último tem nome e endereço fixo: Red Robin, na Robinson St. A melhor lanchonete existente! Os hambúrgueres efetivamente são maiores do que suas fotos demonstrativas, o milkshake vem com refil e as batatas são interminaveis (pq são repostas sempre!) FASCINANTE!!!!
   Chega de pontos... agora vou começar a BLAME um pquinho. Não existe tempero em nada! Nem no arroz. Todas as frutas tem o mesmo sabor - a laranja e a banana, o melão e as maçãs - e todos são um tantinho egoístas de mais. AH, obviamente... eles são muito sensíveis no que diz respeito a ter ou não uma comida típica canadense. Não, não existe.

    Nevou 100% na última semana e apesar de lindinha e fofinha e branquinha a neve é um contratempo e tanto para viver. Acidentes de todos os tipos dificultanto E MUITO o trânsito. Eles não são nem um pco preparados para situações de emergência como, um descarrilhamento de trem. Ao menor fizemos um boneco de neve...

    O custo de vida é muito caro (ao menos para nós - meros bolsistas!) e não é muito vantagem encher os bolsos de coisas - mas tenho presentes para todos - é preciso ser esperto para aproveitar as promoções.

   E, por último, mas não menos importante... o lugar é/foi/ está sendo invadido por asiáticos! Não tem 1 (UM) caixa que não seja ou coreano, ou chines, japonês... E, a esmagadora maioria de brasileiros - que é uma fatia do PIB do Canadá - é constituida de Paulistas...




PS: No fim de tudo, estou feliz por escrever com acentos e pontuação novamente!... hihihih